ORGULHO NO PASSADO, CONFIANÇA NO FUTURO

Todos os Belenenses se devem orgulhar do passado do clube. Orgulho nos rapazes que num banco de jardim de Belém o planearam e fundaram, de todos aqueles que durante os 91 anos deram continuidade a esse ideal, orgulho no belo estádio que construímos com muito sacrifício, orgulho nos nossos atletas que tanto lutaram para que tenhamos a nossa bela sala de troféus a abarrotar de títulos nas diversas modalidades.

Orgulho também nos adeptos que viveram com paixão e amor este belo percurso.

No presente a realidade é outra. Fruto de alguns erros de gestão do passado, obriga-nos por ora a lutar noutra dimensão.

Todos sabemos a desigualdade que existe no apoio camarário a nível nacional.

Há equipas fortemente apoiadas e subsidiadas pelas câmaras municipais e outras vetadas ao esquecimento, quando os dinheiros públicos deveriam ser equitativamente distribuídos.

Também no caso de Lisboa a desigualdade é gritante, e o nosso Belém é sempre o filho menor da cidade. Para a 2ª circular é tudo, milhões e mais milhões, enquanto para o Belém umas migalhas.

O caso das Salésias é um exemplo. Um local que deveria ser nosso desde sempre e que após 50 anos contínua ao abandono. Foi só historicamente o 1º campo relvado do País, aonde jogou a Selecção Portuguesa e um local que a Câmara de Lisboa se deveria de orgulhar. Mas o que existe é só erva, lama e lixo.

A hora tem que ser de confiança. È altura de todos darmos as mãos, seja qual for as diferenças de opinião que tenhamos. È a sobrevivência do clube que está em causa.
È altura de deixamos de lado o eu, para pensarmos no colectivo.

È precisa coragem, liderança e estratégia de médio e longo prazo. È necessário unir esforços.
Todos, mas mesmo todos não seremos demais para ajudar, porque o futuro é já ali.

Só assim poderemos continuar a ter orgulho no passado e confiança no futuro.


Texto de um companheiro de bancada, publicado no Azulão nº 253

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