Andebol: Belenenses vs Arsenal Devesa


O Belenenses venceu esta tarde o Arsenal Devesa por 30-28, no Restelo, em partida da 7ª jornada da 2ª fase do campeonato Andebol 1.

Com a presença da Fúria Azul na bancada, com alguns elementos no apoio á equipa.

Foi um jogo equilibrado na 1ª parte, em que terminou empatado 15-15 ao intervalo.

No começo da 2ª parte, houve fases do jogo em que tivemos por cima, outras em que a equipa adversária foi superior, mas no fim a vontade de vencer dos nossos jogadores, gritou mais alto e vencemos mais um jogo importante.




Futsal Sénior: Leões de Porto Salvo vs Belenenses

A contar para a 25ª Jornada da liga SportZone de Futsal.
A nossa equipa teve uma deslocação difícil no pavilhão dos Leões de Porto Salvo.

Foi um jogo sofrido, mas Liléu apontou na segunda parte o golo do Belenenses, que subimos ao quarto lugar à condição, aguardando agora o desfecho do desafio entre Benfica e Modicus para conhecermos a posição na tabela a uma jornada do final da fase regular.

A Fúria Azul esteve presente no apoio á equipa e ganhámos o jogo por 1-0.



Aposta na Desportiva - FuriaCard


Recebemos no domingo, dia 30 de Abril no estádio do Restelo o Paços de Ferreira a contar para a 31ª jornada do campeonato. Depois de seis derrotas consecutivas será desta, que conseguimos inverter a situação ? O Paços de Ferreira está com os mesmos pontos na classificação que nós.

Chuta o teu palpite !!!

REGRAS: 

- Ponto por participação: 1 ponto (por jornada)
- Acertar na vitória/empate/derrota: 3 pontos ( ex: apostei na vitória = 3 pontos)
- Acertar no resultado final do encontro: 10 pontos



REGULAMENTO:


- Serão válidas todas as apostas até ao início de cada partida.
- É obrigatório que cada participante use um nome ou nick fixo para melhor organização dos resultados.
- Os pontos acomulam de jornada a jornada e serão publicados os resultados todas as semanas após cada encontro.
- Só se pode jogar uma única vez por jornada. No caso de haver dois palpites, contará o primeiro.





PRÉMIOS:
1º lugar - UMA Deslocação gratuita (excepção deslocação a Madeira) 
2º lugar - T-shirt FA se for um homem / TOP FA se for uma mulher
3º lugar – Pack de 5 autocolantes, um isqueiro ou um crachá á escolha.

NOTA: Para colocares o teu palpite na plataforma de comentários selecciona a opção Nome/URL e preenche com o teu nick ou nome. Não te esqueças de introduzir os caracteres que aparecem na imagem de "prove que não
é um robô".

25 de Abril de 1965 – Lembrar José Pereira

Foi uma das jornadas mais brilhantes da Selecção Nacional, e o nosso José Pereira, um dos guarda-redes lendários do Belenenses, ficou-lhe indelevelmente ligado, com uma exibição majestosa. O jogo, disputado em Bratislava perante 60.000 espectadores, gerou grande expectativa.
Logo nos primeiros minutos, uma lesão grave do jogador sportinguista  Fernando Mendes  impediu não só que ele prosseguisse em jogo, como, inclusive, que continuasse a sua carreira. Como na altura a FIFA não permitia substituições, Portugal ficou reduzido a 10 jogadores durante quase 90 minutos. Os checoslovacos começaram a pressionar a nossa defesa e José Pereira logo se começou a destacar. Aos 11 minutos, com uma saída arrojada, evitou um golo que parecia certo. Portugal recompôs-se e aos 20 minutos Eusébio colocou-nos em vantagem.
Assistiu-se então a um assédio quase sufocante da Checoslováquia. “Nesta altura de maior pressão, o guarda-redes José Pereira, conhecido como o ‘Pássaro Azul’ (eram famosos os seus voos ao serviço do Belenenses), mostrou-se a grande nível, efectuando várias defesas a remates traiçoeiros” (In ”A nossa Selecção em 50 Jogos”, de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro, Edições Afrontamento, Porto, 2004).
Aos 43 minutos, foi assinalado penalty contra Portugal. “O avançado-centro Masny encarrega-se de marcar, desferindo um remate forte, a meia altura, dando a nítida sensação de golo. Só que o ‘Pássaro Azul’ voou ao encontro da bola, afastando-a com os punhos quando nas bancadas já se gritava golo” (Idem). O jogador belenense foi efusivamente saudado pelos colegas.
Na segunda parte, José Pereira deu sequência à sua magnífica exibição, assinando uma série de excelentes defesas, que asseguraram a vitória lusitana. “Após o apito final, uma bandeira portuguesa entrou de imediato em campo, com os jogadores da defesa lusa a correrem na direcção do guarda-redes José Pereira, abraçando-o demoradamente. Depois, levaram-no em ombros pelo campo”.
No jornal “O Norte Desportivo”, escreveu-se sobre José Pereira: “Uma exibição impecável, inesquecível. Até um penálti defendeu! Um marco na carreira do ‘Pássaro Azul’”.




Entrevista com Alma...

Desta vez, o grupo entrevistado, foram, os nossos amigos, da Alma Salgueirista, a claque do Salgueiros, que continuem a defender o movimento ultra português e o Salgueiros, com o mesmo espírito de sempre. Desde já queremos agradecer ao Ricardo Santos (Alminha) por se mostrar disponível para dar a sua opinião. Muito obrigado da nossa parte.


1 – Conta-nos à quantos anos estás na Alma e como foi a tua aventura no inicio desta vida de ultra?
R: Se a memória não me atraiçoa, penso que estou na Alma há cerca de 25 anos. Penso que foi na época de 92.
Juntei-me à Alma por intermédio de um vizinho meu (mais velho que eu 5 anos) que costumava ir ver os jogos. Como morávamos porta com porta e toda a minha família o conhecia desde pequeno, comecei a ir com ele ver os jogos fora e em casa, entrando nos estádio fazendo-me passar por irmão mais novo. Nessa altura juntamo-nos à Alma porque era um grupo jovem com o qual nos identificamos de imediato e como também queríamos apoiar o clube, nada melhor que unirmos as nossas forças de apoio às existentes na altura.


2 – Do que te veem á memória, qual o melhor ou os melhores momentos que viveste com a Alma?

R: Houve vários momentos maravilhosos. Penso que na minha memória ficaram gravados dois deles.

O primeiro foi no ano de 1993, em que o Salgueiros se deslocou na última jornada a Espinho. Foi um encontro entre dois aflitos. O Espinho precisava de ganhar o jogo para se manter na primeira divisão e ao Salgueiros apenas bastava um empate. Estivemos a perder até ao minuto 94 quando o nosso ex avançado Vinha marcou o golo do empate. Foi indiscritível a alegria. As lágrimas de tristeza que caiam pela face de mais adeptos tornaram-se em lágrimas de alegria. Vi pessoas com idade para serem meus pais a chorar abraçadas a mim de tanta alegria. Acho que foi nesse momento fiquei a compreender o porquê daquelas pessoas gostarem tanto do Salgueiros.

Um outro momento importante foi na época 96/97 quando o Salgueiros quase que atingia o 5 lugar que dava acesso à Taça Uefa. Fomos a Faro a precisar de ganhar o jogo. Estivemos a perder 1-0, acabamos por empatar, já quando estava nos descontos, tivemos um penalti a nosso favor. O nosso médio centro Abílio, especialista na marcação de livres e penaltis falhou e “morremos” junto à praia. Foi o contraste da alegria descrita na experiência anterior.
Nesse ano a Alma esteve presente em todos os estádios e com um grande número de pessoas. Embora não tenhamos ido à Taça UEFA fica na memória a fantástica época em termos de apoio.

3 – Como vês a forma como a comunicação social marginaliza os grupos organizados em Portugal?
R: Infelizmente essa realidade é cada vez mais comum. Hoje em dia basta-se ser de uma claque para ser rotulado como violento, bandido ou drogado. Acho que a comunicação social deveria ir assistir a alguns jogos no meio de claques como a Alma ou a Fúria para de uma vez por todas compreenderem que nem tudo é violência e insultos. Nestes dois casos a vontade de apoiar o clube que se ama é incrivelmente superior a qualquer tipo de insulto.

4 – Que importância tem para vocês enquanto grupo, a realização de tifos num grupo ultra? Quais consideras ser os vossos melhores tifos ao longo destes anos?
R: Penso que em qualquer grupo ultra as tifos, a par dos cânticos, são os fatores diferenciadores. É através da tifos que conseguimos passar a imagem do grupo para quem nos vê do lado de fora.
No que respeita aos melhores tifos, lembro-me de dois em dois momentos distintos da vida do clube. A primeira delas foi nos anos 90 (o Salgueiros estava na primeira liga) num jogo em Vidal Pinheiro contra o Boavista. Esta tifo ocupou todo o topo do estádio onde se encontrava a Alma Salgueirista. Cortamos tiras de plástico vermelho horizontalmente com cerca de 5 ou 6 metros de altura. Colamos as pontas essas mesmas tiras numa corda, sendo que essa corda estava amarrada aos dois postes de iluminação do estádio. No meio dessas tiras todas (centrado com a baliza) tínhamos um lençol com o símbolo do Salgueiros. Quando as equipas entraram em campo, estava pessoal junto aos postes de iluminação a puxar a corda e a fazer subir a coreografia.
A segunda tifo que me lembro foi quando o Salgueiros voltou a ter futebol após 4 anos de interregno. Jogávamos na 2ª divisão distrital, o que corresponde em termos práticos à 7ª divisão. No último jogo, em que carimbamos a subida de divisão, jogamos em casa e lotamos o estádio. Estavam cerca de 5000 pessoas. Distribuímos cartolinas vermelhas e brancas e conseguimos “pintar” as duas bancadas. Penso que nenhum clube naquela divisão tinha feito algo do género.

 
5 - Sentes que existem dificuldades em passar os valores e ideais, e incutir a tradição Ultra aos mais novos, tendo em conta o actual panorama Ultra em que o nosso país vai vivendo?
R: Mais do que incutir ideais e tradição ultra aos mais novos, num clube como o Salgueiros, a maior dificuldade prende-se com o surgimento de novos jovens no nosso meio. Os poucos que vão surgindo vão sendo bem acolhidos e aos poucos vão assimilando os ideais.
6- Como é que olhas e analisas o actual Movimento Ultra em Portugal?
R: Na última década surgiram inúmeros grupos designados ultra. Uns bons, outros nem tanto, mas a verdade é que, tendo em conta os anos 90, o movimento ultra sofreu um desenvolvimento favorável. Hoje em dia existe um enorme cuidado com as tifos e com o merchandising dos grupos. Penso que atualmente não estamos muito atrás dos grupos ultra de clubes europeus. O que nos falta acima de tudo é haver maior representatividade em clubes de média dimensão.
7 - Muito se tem falado de duas questões muito importantes, Legalização e Pyro, qual é a tua opinião em relação a ambas as questões?
R: No que respeita à legalização, penso que se houver benefícios para os grupos organizados, não vejo mal nenhum. Penso que muitas das situações desagradáveis que vimos muitas vezes no futebol tem de ser responsabilizadas. Muitas delas são criadas por grupos organizados, outras não. Se a legalização ajudar a banir estas pessoas do futebol, então que seja bem-vinda, mas se for para a culpa continuar a morrer solteira, penso que a legalização se torna desnecessária.
Em relação à pirotecnia, penso que deveria ser permitida e deveria ser utilizada sob vigilância das forças policiais. Concordo com fumos ou tochas, já não concordo com petardos ou very lights. Se houvesse um conjunto de objetos pirotécnicos permitidos dentro dos estádios, o espetáculo nas bancadas seria bem mais bonito e não haveria tanta perseguição.
8 – Quais os grupos que tem amizade? Tem alguma recordação engraçada dos convívios com esses mesmos grupos?
R: A nossa maior amizade é sem sombra de dúvidas com a Fúria Azul. Penso que, embora a 320 km de distância, temos uma forma muito idêntica de pensar e estar no futebol.
Lembro dos tempos em que ambos os clubes estavam na 1ª divisão e sempre que havia um Belenenses vs Salgueiros ou vice-versa, antes dos jogos as claques organizavam uns jogos de futebol. Era um momento simplesmente mágico. Lembro de jogar no campo de treinos do Belenenses e também da Fúria vir jogar a um campo junto a Vidal Pinheiro. Havia sempre uma taça para o vencedor e para o vencido. Depois desses jogos íamos almoçar juntos e depois íamos ver a bola cada um para o seu lado da bancada. Recordo que a Alma nunca ganhou um único jogo à Fúria.
9 – Pergunta de resposta difícil, se tivesses que optar pelo teu grupo ser uma claque com um grande espetáculo visual, ou um grande apoio vocal, o que escolherias?
R: Sem dúvida grande apoio vocal!
10 - Diz-nos qual a tua opinião, no que diz respeito á Fúria Azul enquanto grupo ultra?
R: Falar da Fúria é falar de uma amizade com mais de 20 anos. É falar de gente boa que ama o seu clube e que está no futebol pelos melhores motivos possíveis – apoiar. Penso que seja esse um dos grandes fatores na amizade com a Alma. A forma como amam o clube, o apoiam e nunca desistiram dele, mesmo nos piores momentos. Todos os salgueiristas e em especial membros da Alma se reveem nesses valores.
Lembro-me quando o Salgueiros acabou com o futebol profissional, num jogo em que o Belenenses se deslocou a Penafiel, a Fúria colocou uma tarja com a seguinte frase “NÃO DEIXEM O SALGUEIROS MORRER”. Enquanto for vivo, como salgueirista e membro da Alma, nunca terei palavras suficientes para agradecer esse gesto. As amizades preservam-se assim.










Futsal Feminino Juniores: Campeãs !!!!

Com a vitória obtida no fim-de-semana sobre os Leões de Porto Salvo por 4-0, a equipa de júniores femininos de futsal do Belenenses assegurou a conquista do Torneio Extraordinário da Associação de Futebol de Lisboa, um feito registado a 4 jornadas do final da prova e no primeiro ano de actividade da equipa.

A Fúria Azul vem por este meio felicitar as nossas campeãs !!!

Ainda não foi possível estarmos presentes para vos apoiar como já conseguimos fazer por várias vezes á equipa de futsal feminino sénior. Mas esta conquista deixa nos muito contentes.

Parabéns a todas as jogadoras e restante staff


Futsal Sénior: Belenenses vs CS São João

O Pavilhão Acácio Rosa, recebeu no sábado, um jogo muito importante para a nossa equipa, o Belenenses defrontou o CS São João, para o campeonato.

A equipa entrou bem na partida, tivemos a ganhar por 3-1, até que a equipa adversária despertou no jogo e deu luta, chegaram a empatar, com o marcador a ficar em 3-3.

Até que num lance inspirado do nosso jogador Fábio Armando estabelece o resultado final em 4-3. Mais uma importante vitória, com mais sofrimento que esperávamos. Mas ganhámos, e com a derrota, esperada, do Modicus, o 4º lugar está bem ao alcance. 

A Fúria Azul esteve presente na bancada no apoio a equipa, com um apoio razoável dentro do possível, onde levamos 3 bandeiras para colorir mais a bancada.







Resultados: FuriaCard 30ª Jornada


Após mais um jogo finalizado, o Belenenses deslocou-se ao estádio dos Barreiros e perdeu por 3-0. Juntando mais uma derrota, a sexta seguida no campeonato.

Quanto aos nossos participantes, ninguém adivinhou no resultado.

De seguida segue a tabela classificativa dos participantes até ao momento:



Alberto Veiga – 29 pts

MM – 29 pts

Cruz de Cristo – 27 pts

Luís Rios - 27 pts

Mercês – 24 pts      

João Gouveia - 22 pts

António – 20 pts

Poupas - 18 pts

Semog – 17 pts

Gui – 16 pts

Ricardo Tavares – 12 pts

JPedro – 9 pts

AfonsoPerfeito - 8 pts

João Pedro - 8 pts

Rodolfo Carneiro - 7 pts

Gonssas_FA - 7 pts

Pedro Pereira – 6 pts

Maria - 4 pts

Bruno Alves - 4 pts

José Manuel Faria - 4 pts

Chouriço 84 – 4 pts

Jmlsoares -4 pts

AAB – 3 pts

Ivan Silva - 2 pts

Carlos Lopes - 1 ponto

Nuno Andrade -1 ponto

Gonçalo Novo - 1 ponto

Miguel Vieira - 1 ponto

Ricardo – 1 ponto

Tiago Esteves – 1 ponto

L.Algés – 1 ponto

Vanda Cristina – 1 ponto

Di – 1 ponto

MrTranquilini – 1 ponto

Jorge Madureira – 1 ponto

Rodrigo Baltazar – 1 ponto

Carlos Pinheiro – 1 ponto

DR – 1 ponto

Miggax – 1 ponto

Jogos de Sábado !!!

O Belenenses precisa de ti !!!

Sábado ás 16h00, no pavilhão Acácio Rosa, joga-se futsal, com o nosso Belenenses a defrontar o CS São João num jogo muito importante.

Ás 18h00, a nossa equipa de andebol que depois de um período menos bom, parece estar a renascer desloca-se ao terreno do Boa Hora.

A Fúria Azul é a voz e alma do clube, queremos que o sector esteja bem preenchido.


Aposta na Desportiva - FuriaCard


O Belenenses desloca-se este sábado ao Funchal para defrontar o Marítimo, na 30ª Jornada da liga.

Chuta o teu palpite, aposta na desportiva !!!

REGRAS: 


- Ponto por participação: 1 ponto (por jornada)
- Acertar na vitória/empate/derrota: 3 pontos ( ex: apostei na vitória = 3 pontos)
- Acertar no resultado final do encontro: 10 pontos



REGULAMENTO:




- Serão válidas todas as apostas até ao início de cada partida.
- É obrigatório que cada participante use um nome ou nick fixo para melhor organização dos resultados.
- Os pontos acomulam de jornada a jornada e serão publicados os resultados todas as semanas após cada encontro.
- Só se pode jogar uma única vez por jornada. No caso de haver dois palpites, contará o primeiro.



PRÉMIOS:
1º lugar - UMA Deslocação gratuita (excepção deslocação a Madeira) 
2º lugar - T-shirt FA se for um homem / TOP FA se for uma mulher
3º lugar – Pack de 5 autocolantes, um isqueiro ou um crachá á escolha.

NOTA: Para colocares o teu palpite na plataforma de comentários selecciona a opção Nome/URL e preenche com o teu nick ou nome. Não te esqueças de introduzir os caracteres que aparecem na imagem de "verificação de palavras".

Ultra Entrevista

A Fúria Azul teve a iniciativa de começar a fazer entrevistas a outros grupos ultras nacionais, no mês de Fevereiro fizemos a entrevista á Mancha Negra, desta feita, calhou á Máfia Vermelha, ultras do Leixões, darem a sua opinião do panorama ultra, contarem as suas aventuras, um pouco do seu grupo e do que acham da nossa claque. Desde já queremos agradecer ao ultra Marco, da Máfia Vermelha, por se mostrar disponível para ser entrevistado. Muito obrigado da nossa parte.



1 – Acompanhas o teu clube enquanto membro da claque há quanto tempo? Que recordações tens dos teus primeiros jogos na Curva? O que fez com que fosses para a Máfia Vermelha?

R: Entrei para o grupo em 2005, no segundo ano de existência.
Tudo começou por influência de um amigo, apesar de ser Leixonense desde que me lembro. Esse amigo que me incentivou a ir para a Máfia estava a tentar que houvesse um forte apoio no voleibol e começou tudo aí, primeiro voleibol depois futebol e até hoje a defender o clube da minha terra.


2 –  Qual é a postura da Máfia Vermelha, relativamente à moda que se adivinha ser cada vez mais usual nos dias de hoje, o denominado: Estilo Casual?


R: Na Máfia há espaço para todos, cada elemento é livre de ter as suas ideias, o importante é estarmos unidos com um único objetivo que é apoiar o Leixões.

3 – Como vês a forma como a comunicação social marginaliza os grupos organizados em Portugal?
R: Na minha opinião o importante para a comunicação social é ter audiências, e como infelizmente neste país só o que é mau é que interessa, então o que eles fazem é dar ênfase às situações menos boas, que por vezes surgem, o problema é que assim é mais complicado mostrar às pessoas que ser ultra não é ser drogado, bêbado, violento etc.
4 – Que importância tem para vocês enquanto grupo, a realização de tifos num grupo ultra? Quais consideras ser os vossos melhores tifos ao longo destes anos?
R: Sem dúvida que uma das melhores formas de incentivo numa curva é a realização de um tifo e para nós é muito importante passar a mensagem quer seja de apoio, de protesto etc.
Um tifo que para mim foi muito importante e recente, foi a homenagem que fizemos a um senhor que viveu para o Leixões que deu nome à formação do clube que é um exemplo de Leixonismo, o Sr. João Faneco que faleceu o ano passado, a tifo tinha a sua imagem e dizia "os símbolos nunca morrem, Faneco vive".
 Também a tifo que fizemos no primeiro jogo da primeira liga foi para mim importante, porque o nosso estádio estava em obras e tivemos de jogar no Bessa, e como foi um tifo que marcava o nosso regresso à principal liga Portuguesa ficará sempre na memória.
É complicado estar a escolher pois foram tantas as tifos que considero espetaculares




5 - Sentes que existem dificuldades em passar os valores e ideais, e incutir a tradição Ultra aos mais novos, tendo em conta o actual panorama Ultra em que o nosso país vai vivendo?
R: Sem dúvida, existem muitas barreiras e uma delas é a comunicação social, o mundo ultra tem um rótulo tão mau que fica complicado tentar passar ideias aos mais novos, talvez não por eles mas pelos pais que não querem os filhos no meio dos "bêbados e drogados" que é como somos vistos por muitos infelizmente. Atualmente e felizmente na Máfia até temos um grupo mais jovem com mentalidade e que são uma grande ajuda na tentativa de passar a mensagem a outros jovens.
6- Como é que olhas e analisas o actual Movimento Ultra em Portugal?
R: A meu ver ainda é preciso mudar muito as mentalidades, continua tudo virado para os três grandes e então em Portugal não se pensar em apoiar os clubes da terra, nunca irá haver competitividade nem nas bancadas nem nos relvados. Noto que já se fala mais em apoiar o clube da terra mas ainda há muito trabalho pela frente. Em relação à repressão policial continua tudo na mesma somos demasiado controlados e não falta abuso de poder.
Em Portugal existem grupos muito bons e estou convencido que todos juntos iremos conseguir ter mais liberdade.

7 - Olhando para trás, que diferenças encontras no vosso grupo? Houve evolução? As coisas já estiveram melhores? Como avalias o momento actual do grupo?
R: Considero que fomos mais fortes, mas também já estivemos pior, infelizmente como em todo lado algumas pessoas vão e voltam consoante o momento do clube, mas nesta altura apesar das dificuldades da equipa até estamos bem. Atualmente temos muito sangue novo com mentalidade e com eles prevejo um futuro risonho para o grupo.
8 - Muito se tem falado de duas questões muito importantes, Legalização e Pyro, qual é a tua opinião em relação a ambas as questões?
R: Não sou a favor da legalização mas se legalizados sofremos repressão, se não o formos fica muito difícil dar um apoio como deve ser ao clube. Já sofremos na pele uma forte repressão na nossa própria casa, tudo nos era barrado nem crianças podiam entrar no estádio com material do grupo foi muito complicado, por isso em benefício do clube para podermos apoiar como gostamos é preferível estar legalizado e isso não impede de lutarmos contra.
Em relação à pirotecnia, para mim é uma forma fantástica de dar apoio a equipa dá muita vida numa curva. É preciso conseguir uma forma de ser permitido, melhorava e muito as curvas portuguesas.
9 - Na tua opinião qual será a melhor forma de combater o futebol moderno (repressão, preço dos bilhetes, horários de jogos, etc)? Acreditas que seja possível um protesto em conjunto no nosso país? O vosso grupo estaria disponível?
R: Na minha opinião era necessário reunir os grupos e estabelecer formas de combate a este futebol, pois só todos juntos poderemos mudar algo.
Penso que o nosso grupo estará sempre disponível para melhorar o futebol e o mundo ultra.
10 – Quais os grupos portugueses que admiras actualmente…  e Porquê ?
R: Gosto muito da Mancha Negra e dos South Side Boys porque já tive o privilégio de privar com ambos e são grupos com grande mentalidade, originalidade e muito fiéis.
11– Quais os grupos que tem amizade? Tem alguma recordação engraçada dos convívios com esses mesmos grupos?
R: Os mesmos grupos que referi na pergunta anterior.
Uma situação engraçada foi à pouco quando recebemos a Académica, fizemos um convívio com a Mancha Negra e no fim fomos para o nosso estádio no autocarro da MN e ver a reação da polícia e dos restantes adeptos foi muito engraçado, ninguém estava a perceber nada do que se passava.

12- Diz-nos qual a tua opinião, no que diz respeito á Fúria Azul enquanto grupo ultra?
R: É um grupo com muita história que merece respeito, são muito fiéis aos seus ideais e ao seu clube. É um grupo que tem muito para dar ao panorama ultra em Portugal.