A entrada das transmissões televisivas
fechadas, que causaram uma série de reposicionamentos dos clubes e outros actores
económicos do futebol para com o próprio público dos estádios. Uma mudança de
prioridades que gerou a exigência de horários considerados inadequados para as
partidas e uma mudança do público dos estádios, com o excessivo valor do preço
dos bilhetes.
Soma-se a isso uma série de mudanças legislativas que obrigou a
transformação dos clubes para empresas privadas, passando agora para as mãos de
empresas, que passa a lidar com essas instituições como um ativo particular.
Os efeitos colaterais dessas mudanças são latentes para os ultras em
especial, aqueles para os quais o futebol possuía maior importância no seu modo
de vida.
Passaram a ver um desporto, como um
negócio. Contudo, o futebol é essencialmente paixão ou deveria ser, paixão por
aqueles que o praticam, para os que treinam, para quem dirige e principalmente de
quem apoia o clube do seu coração.
É uma envolvente que está interligada,
o futebol espectáculo no relvado, e o espectáculo que é feito na bancada...
Sim, porque ver uma bancada cheia, com os ultras a cantar e a puxar pelo seu
clube, com bandeiras, tambor, estandar-tes, faixas e tifos dá um ambiente
festivo e com muita cor aos estádios e querem tirar essa magia que o futebol
também proporciona aos seus apaixonados.
Em 2007, foi quando a coisa dificultou
mais, até aos dias de hoje, para quem não se vergou á lei, que atenta contra a
Constituição Portuguesa e contra o direito livre de associação. Querem tirar a
liberdade aos ultras… Um ultra não é um criminoso, um ultra é um cidadão comum,
que tem família, trabalha e tem uma enorme paixão pelo clube do seu coração.
Não é mais que qualquer outro sócio do clube, simplesmente vai mais além, e o
ir mais além não é mais do que o acompanhar a todo o lado, proporcionar um
espectaculo na bancada equivalente ao que será no relvado ou no pavilhão, é colocar o clube acima de tudo. Mas também nos pronunciamos quando achamos que algo não está bem.
Proibem-nos de usar uma simples faixa
com o nome do nosso grupo, com estandar-tes alusivos, tifos, etc...
Esquece as tardes de domingo mágicas e os velhos com a rádio ao ouvido. Esquece as bifanas e as cervejas. Esquece isso. Hoje perdemos isto, amanhã aquilo e depois és tu. Depois são os adeptos a ser vendidos. Depois vamos ser nós a transformar-nos ? Vamos deixar os cachecóis em casa, vamos deixar as bandeiras ? vamos deixar as faixas porque não significam nada num futebol sem visitante e visitado, sem derbys e loucura saudável ?
Mas o futebol sem isto, não é futebol, é uma peça de teatro.
Não ao futebol moderno !!!
Ass: Semog
Sócio CFB: 2185
Sócio FA: 26
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