Derrota na Amadora (0-3)

Tudo saiu mal, hoje na Amadora. Aos 8m, já tinhamos ficado sem o Guarda-Redes Júlio César, que, depois do problema de ontem no treino, se apresentou em deficientes condições físicas. Mais ainda, e por causa dessa incapacidade, já o Estrela se adiantara num marcador, numa bola que em princípio não teria perigo, e que passou por baixo de um Júlio César que, normalmente, teria saltado para a agarrar.

Isto condicionou todo o jogo. Casemiro Mior, pusera à frente de Júlio César (depois substituído por Assis) um quarteto defensivo integrado por Cândido Costa, Carciano, Rodrigo e China e, ainda, um médio mais recuado, Gabriel Gómez. A partir daí, havia 5 jogadores que, aparentemente, deveriam alternar continuamente de lugar: Vinicius, Maikon e Zé Pedro, mais Silas e Marcelo. Talvez um sistema a utilizar em jogos em casa de equipas aguerridas, mesmo sem grande qualidade técnica, com o Estrela da Amadora.

Mas, a perder, terá sentido um sistema de jogo destes? Num jogo a sério, pensamos que mão. Num jogo de preparação, terá servido como teste. Seja como for, tudo saiu mal. Depois de uma ténue recuperação do Belenenses, o Estrela voltou a superiorizar-se e fazer 2-0 ainda antes do intervalo. Sem grande surpresa, face ao que se via no relvado.

Ao intervalo, saíram Carciano, Cândido Costa e Marcelo, entrando para os seus lugares Vanderley, Baiano e João Paulo Oliveira. O Belenenses pegou mais jogo e, finalmente, rematava. Mas as melhoras não foram muitas. E com as sucessivas interrupções para substituições no Estrela, decisões ridículas da equipa de arbitragem, pouca inspiração e talvez até pouca atitude, essa reacção foi-se desvanecendo. E, perto do fim, ainda sofremos o 3-0. Foi muito mau, mesmo.

Um gajo tenta pensar em algo de bom e, sinceramente, só nos lembramos de um ou outro apontamento de Silas e de uma boa corrida de Rodrigo Arroz. Mais nada.

Foi um balde de água fria psicológica (se ao menos fosse física...é que jogos às 18h, com este calor!!!), depois dos jogos promissores até aqui efectuados. Enfim, temos que pensar que foram sempre jogos de preparação e que quaisquer conclusões, muito boas ou muito más, serão sempre exageradas. E não esquecer as condições difíceis em que se teve que recomeçar esta época, talvez por causa de quem para já se estará a rir - mas a vida dá muitas voltas! Temos que dar tempo ao tempo mas, simultaneamente, mostrar que para o Belenenses não serve uma coisa qualquer! O Belenenses é um grande clube e merece atitude e resultados!

Na Amadora estiveram quando muito umas 500 pessoas. Do Belenenses seriam perto de metade. A maior parte, preferiu o comodismo de uma das alas da bancada de sócios do Estrela e lá se ficou separado, para não variar! Coisas! Furiosos, eram uns 25. Face ao calor e à paupérrima exibição da nossa equipa, fêz-se o que se pode.